21 de dez. de 2012

131° Capítulo

  Acordei e tudo ainda era confuso, passei a mão em meu rosto podendo sentir todo o peso, toda a tensão daquele dia, e toda dor que ainda estaria por vir. Criei coragem em meia tanta resistência e abri meus olhos. A Eduarda passou a noite inteira acordada, quando não estava deitada ao meu lado, estava no escritório do pai, revendo fotos, ou perambulando pela casa chorando em cada canto. E eu tinha e devia respeitar cada célula de dor do seu corpo, afinal, eu também estava sofrendo, eu também chorei. Não perto dela, mas desabei assim que podia. Eu o amava verdadeiramente como um pai, e além do mais você pode imaginar o quanto me matava vê-la nesse estado, sem saber o que fazer, confusa, com medo do futuro, agoniada com a solidão, e com a dúvida corrente em seu peito sobre o que fazer de sua vida agora, com toda essa realidade cruel da vida carregada sobre o seu ombro no instante em que os sonhos estão tão, tão longes.
  Me levantei preocupado, novamente ela não estava na cama e quando conseguiu finalmente dormir entre soluços, teve pesadelo.
  Fui até o banheiro fiz minha higiene matinal. Troquei de roupa e desci, procurando a Duda. Todos os cômodos e nenhum sinal dela. Cheguei na cozinha e a Selena estava tomando café com a minha mãe e a Maria estava virada para o fogão. Silêncio absoluto. Os raios de sol que entreva pela enorme janela de vidro mal fazia diferença. Definitivamente não era um dia bonito.
Jb: Alguém viu a Eduarda ?
Sel: No jardim
Pattie: Ela não quis comer.
  Eu não tinha o que dizer e não disse. A casa era rodeada por um único jardim, porém não era difícil de imaginar que ela esta no dos fundos, onde segundo ela, passara a maior parte de sua infância brincando com seu pai, quando não, chorando por sua mãe.
  Fui até la e suspirei fundo ao vê-la sentada abraçando os joelhos contra si fortemente, como se aquilo fizesse a dor espairecer. 
  Sentei ao seu lado e olhei para seu rosto, os olhos azuis estavam mais claros do que eu ja vi antes, as bochechas rosadas, o nariz levemente vermelho e o cabelo dançando conforme o vento batia. Nenhum desvio de olhar, nenhum suspiro, nenhuma piscada. Qualquer um podia jurar que aquele ser humano ja não tinha mais vida ou sentimentos, exceto por uma única lágrima que escorria vagamente delineando com perfeição seu rosto.
  Deitei meu rosto em meu braços apoiados em meus joelhos e continuei olhando para ela.
Jb: você esta bem ?
 Ela apenas escondeu seu rosto e o silêncio era tão grande que eu ouviria se um alfinete caísse na grama.
  Em dois minutos ela desabou de novo, ela não conseguia ser forte por muito tempo, não nessas condições e se jogou em meu braços. Eu á abracei e saberia que ela não iria ficar bem por um longo tempo. E eu tinha amor e paciência transbordando para reagir á isso.
Jb: Heey calma, eu to aqui.
Duda: não vai passar !
Jb: não meu amor, não vai. Mas vai diminuir ! Tudo vai ficar bem.
Duda: Toda a felicidade sumiu ! Não consigo achar luz no fim desse túnel !
Jb: Eu te amo esta bem ? E eu vou estar aqui, sempre. Jamais vou sair ! Você tem á mim.
Duda: Eu também amo você.
Jb: E esse amor, é maior que essa dor ?
  Ela levantou seus olhos para encontrar os meus.
Duda: sim.
 Eu sorri de leve.
Jb: Eu vou fazer passar ! Eu vou encontrar essa felicidade, nem que eu coloque fogo nesse túnel, mas haverá luz nele, se estivermos juntos ! E não importa o tempo que for preciso para a primeira chama acender, se você estiver comigo, valerá a pena.
Duda: é tão difícil pensar assim. Eu me sinto como se estivesse em um barco, sozinha e ele estivesse afundando aos poucos, mas eu não me importo por que é tanta dor, que é como se eu ja estivesse morrido e afundar seria um alívio.
Jb: Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinho, não vou. Não tem como remar sozinho, eu ficaria girando em torno de mim mesmo. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer...
Duda: rs ia ficar uma graça
Jb: pera ai isso foi um sorriso ? então deixe-me lhe dizer o que mais ! Começo a comer direito, vou todo dia para a academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar.
Duda: Ai meu Deus !
Jb: Mas você tem que remar também.  E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto.
Duda: você não sabe nadar !
Jb: da para parar de estragar minha metáfora ?  Estou filosofando !  u.u
Duda: ta bom ! Eu te ensino a nadar, eu juro !
Jb: Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.
(ATENÇÃO A FALA DO JUSTIN FOI ADAPTADA DE UM TEXTO DE CAIO FERNANDO ABREU, EU AINDA NÃO SOU TÃO FODA ASSIM ! KK  VOLTANDO...)
Duda: amar, sim ! Isso nós dois temos de sobra.
  Eu sorri para ela e ela sorriu de volta suspirando.
Duda: obrigada por me fazer sentir melhor !
Jb: claro, chame sempre que precisar para ouvir a história do barquinho !
Duda: kkk ooooh não !
  Ela estava sentada no chão entre as minhas pernas. Eu beijei inúmeras vezes sua bochecha.
Jb: vamos comer ?
Duda: eu não quero
Jb: Eduarda
Duda: eu não to com fome !
Jb: você não esta remando !
Duda: Justin..
Jb: por mim !
Duda: vou tentar, ok ?
 Eu me levantei e dei a mão para ela se levantar também. Entrelaçamos nossos dedos e fomos em direção á casa.
Jb: E se eu fizer aviãozinho ?
Duda: não pode estar falando sério !
Jb: que ver ?
Duda: não ! kkk


CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
GOSTARAM ??? *-* COMENTEM ! SIM ANA ! TUDO VAI FICAR BEM E EU TENHO OUTRAS IB'S EM MENTE SÓ QUE EU QUERIA FAZER A SEGUNDA TEMPORADA DESSA !!! EU POSTO ASSIM QUE DER E SE EU NÃO CONSEGUIR POSTAR ANTES.. FELIZ NATAAAAAAAAAAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO !! EU AMO VOCES BJS ANA.




11 de dez. de 2012

130° Capítulo

  Tudo estava tão confuso e eu podia sentir toda a dor que estava por vir, tudo aquilo que eu evitei durante esses 3 anos, estaria por vir á tona, de uma vez. É exatamente como o ditado diz "Eu nadei, nadei, nadei e morri na praia!" Me deram outro calmante e eu fui beber água la fora, meu celular toca e meu coração acelera ao perceber que era a Duda. 
Jb: oi
Duda: Meu desembarque ai esta previsto para as 3h 
Jb: ok, irei te buscar.
Duda: ok
Jb: Boa viajem
 Fui para casa com a Selena e deixei minha mãe no hospital em caso de notícias. Tomei banho e a Sel me obrigou a comer. Conversamos até as 2:30h e fomos para o aeroporto buscar a Duda, ela tirou a chave da minha mão alegando que eu não estava em condições, e então fomos. 
   Olhei no relógio, era 3:30h, á 5 minutos aviam anunciado um voo da Alemanha, mas nenhum sinal da Duda. Eu olhava todas aquelas pessoas em câmera lenta, algumas contentes por terem chego de viajem e prontas para passeios turísticos, outros, falando no celular por um fone engravatados, homens de negócios, deduzi. Havia uma menina no meio dos turistas, mais ou menos 8 anos, com a camiseta do Brasil isso me fez lembrar a Duda e todos os momentos em que vivemos. Agora era diferente, eu estava aqui no Brasil e era ela quem estava la. Com a impaciência controlada eu abaixei a cabeça me olhando. De calça, camisa e tênis. É... eu ainda era o mesmo de 3 anos atrás, apenas cansado fisicamente e emocionalmente. 
Sel: Justin !
  Levei um susto com a voz da Selena me despertando de meus devaneios, me virei ao seu alcance.
Jb: oi !
Sel: aquela ali é a Duda ?
 Olhei na direção que ela me indicou e me espantei inicialmente. Ela estava diferente, cabelo mais curto e mais claro, porém ainda mais linda, o corpo dela havia mudado, suas expressões faciais haviam mudado, nada mais era espontâneo naquele sorriso, e aqueles olhos haviam perdido o brilho para dor que visivelmente eles guardavam e mesmo assim ela continuava linda, e mesmo assim, meu coração acelerou e pela primeira vez no ano, deu sinal de felicidade.
    Eu me levantei e ela veio depressa até mim me abraçando. Foram minutos...muitos ! Quando nos soltamos, ela deixou escorrer uma lágrima ligeira, eu a limpei com o polegar e a beijei demoradamente no rosto. Ela cumprimentou a Sel com um longo abraço também, e assim que entramos no carro, meu estômago revirou em pensar nos momentos que estavam por vir, não era para a casa dela, que me abrigou esses 3 anos que iríamos e sim para o hospital onde era o pai dela que estava morrendo.
  Quando chegamos- sem nenhuma frase trocada no carro, apenas as tentativas falhas da Selena em quebrar a tensão- Descemos do carro, no estacionamento e puxei a Duda pela mão, em direção daqueles corredores. Em cada pedaço de mim eu me odiava por trazê-la aqui, tanto sofrimento evitado por mim e no final eu mesmo a trouxe para cá, ao chegar na porta do quarto eu me virei de frente para ela e olhei dentro dos seus olhos.
Jb: Escute, antes de você entrar por essa porta eu quero que me prometa que nada no mundo, a partir de hoje vai nos separar novamente, que nada nesse mundo vai tirar você de mim de novo, por que eu sei, assim como você sabe que não será todo esse tempo que destruirá o nosso amor, assim como você não me esqueceu, assim como você chorou todo esse tempo por sentir tanto a minha falta, eu também sofri. Sofri pela dor que essa pessoa aqui esta sentindo, sofri por milhões de pessoas que me amam não poder me ver e nem saber se eu estou bem e sofri por que meu alicerce, metade de mim estava na Alemanha e sofri principalmente, quando eu percebi que mesmo depois de tanto sacrifício foi impossível evitar a sua dor. Você me perdoa ? E promete ficar comigo ?
  Ela me olhou e em seguida abaixou a visão, pegou a aliança que um dia ela me deu na corrente e levou as lábios.
Duda: além da vida. Essa é a minha promessa, e mesmo que você não tenha ouvido todos os meus "eu te amo" antes de dormir olhando para lua, lembrando do seu olhar. Quero que saiba, que independente do que você estivesse fazendo e como estivesse fazendo, também era o meu eu que estava longe, somos um só, e quando eu te digo "eu te amo" é o perdão do amor por toda a eternidade. 
  Eu abaixei levemente minha cabeça para beijar sua testa e logo percebi que também havia crescido e estava mais alto que ela. Uma vontade mútua de chorar se revirou dentro de mim. Todos os dias ao pegar naquela maçaneta eu sentia isso, e mesmo depois de tanto tempo, ainda não havia me acostumado.
 Finalmente abri a porta com o coração ja la dentro, ela segurou minha mão com força, com medo e segundos depois, com dor.
Duda: Pai ?!
  Eu a soltei ja chorando. Ela olhou para mim assustada e com cara de choro e em seguida olhou para ele.
Duda: o que você fez ? - Era tanta dor, que saiu como um sussurro 
Jb: Ele esta com câncer.
  Ela ouviu e não respondeu, continuou olhando para ele, chegou mais perto e segurou sua mão. Pela primeira vez naquela semana ele reagiu e apertou sua mão, forte o suficiente para que seus dedos embranquecessem, e então ela começou a chorar. Chorar de soluçar, de perder o fôlego enquanto inconformada repetia a palavra "não".
  Ela se exaltou e eu fui obrigado a tirar ela dali, ela me abraçou gritando, chorando, sufocada por uma dor tão grande que mal cabia dentro dela.
  Fomos la para fora, entramos dentro do carro no banco de trás e ela se agarrou em mim, chorando, muito, muito, muito. E como eu me senti impotente naquele momento, eu ja não sabia o que doía mais dentro de mim.
Jb: Amor, se acalme !
  Segurei seu rosto, para ela olhar dentro dos meu olhos.
Duda: por que justo com o meu papai ?
 Encostei minha testa na dela e choramos juntos. Em seguida selei seus lábios demoradamente até o soluço passar. 
Jb: Me escute ! Foi a 4 anos atras, ainda estávamos juntos, então eu recebi uma ligação da Rose, me contando que seu pai havia tido um princípio de infarto e tinha ido no médico, Esse pediu vários exames e em meio deles, descobriu que ele tinha um tumor na cabeça, ele começou o tratamento de imediato, não foi difícil para o seu pai aceitar a quimioterapia, por que ele é um médico e sabia o que era melhor para ele. Então a quimio começou, meses depois foi o nascimento da neta da Rose, e ela teve a terrível notícia que sua nora morreu no parto e por isso pediu suas contas na casa, para cuidar do filho desolado e da neta que acabara de nascer, mas seu pai precisava de acompanhamento médico e não aceitou de nenhuma maneira que falasse para você. Foi ai que ele pediu para a Rose falar comigo, para mim realizar esses procedimentos, por que segundo o médico, o tumor era benigno e por isso, ele tinha 80% de chances de sobrevivência. Eduarda não foi fácil, eu discuti com o Scotter, Usher, até mesmo com a minha mãe ! Por isso tanto estresse ! Eu tinha 3 meses para conseguir decidir se eu poderia deixar tudo, inclusive você para trás para vim para o Brasil acompanhar ele. Mas eu fiz, por você. Na minha cabeça, quando o tratamento passasse e ele ficasse bem, você me agradeceria e tudo voltaria a ser como era antes e tudo valeria á pena, mas então um outro tumor foi descoberto, dessa vez no coração e era maligno. A essa altura eu ja estava destruído emocionalmente e quando nos encontramos em Las Vegas no julgamento da Jeniffer e passamos aquela noite juntos, eu lembrei do quanto eu te amo, e aquilo me deu forças para aguentar quantos anos fossem precisos.
  Fiz uma pausa e me entreguei as lágrimas  e em meio soluços eu voltei a falar.
Jb: eu descobri que não sou forte o suficiente e agora... bem, os médicos disse que ele esta no fim e só esta esperando para se despedir de você. Me perdoe por fazer você passar por isso, me perdoe, me perdoe !
  Ela me puxou e eu deitei a cabeça em seu busto e mais uma vez choramos juntos.
Duda: Eu te amo, e você é o homem mais incrível que eu ja conheci na minha vida ! Eu não tenho que te perdoar, não se sacrifique ainda mais, tudo vai ficar bem ! Não é você mesmo que sempre me diz isso ?
  Ela dizia e beijava minha cabeça.
Duda: Se acalma meu amor, eu ainda preciso da sua força.
  Me acalmei aos poucos e voltamos para o hospital. A enfermeira saiu do quarto ofegante, dizendo que o Ricardo havia acordado e chamava pela a Duda.
Jb: Vai lá
Duda: vem comigo !
Jb: ok
 Levantamos e entrelaçamos as mãos. Assim que a porta se abriu o suficiente para ver o rosto dele, ele sorriu de muito leve ao ver a filha. Eu sentei na poltrona e ela sentou  na beira da cama, segurou com cuidado a mão de seu pai e deu vários beijos em seu rosto.  Em seguida ela sorriu e passou a mão em sua cabeça sem mais nenhum fio de cabelo. Levou a mão dele até seus lábios e a beijou com muito carinho.
Duda: Eu senti tanto a sua falta !- Ela observou a mão cheia de pintinhas, toda danificada. O corpo dele ja havia se rendido á doença.
  Ele assentiu fechando os olhos.
Duda: eu te amo muito papai !
  Ele abriu a boca para pegar fôlego e fez um barulho. Era seu corpo pedindo descanso, mesmo assim ele juntou suas forças.
Ricardo: Eu também, muito, muito - Olhei espantado, já fazia um ano que ele não conversava comigo, só por olhares, apertos nas mãos. No começo quando eu cheguei passávamos o dia conversando e eu ainda era forte o suficiente para faze-lo rir na maior parte do dia. Depois de um tempo eu passei a chamá-lo de pai e ele de "filho". 2 anos seguintes e a dor que ele sentia era tão grande que passou a tomar morfina para não sofrer tanto, então o silêncio aos poucos foi chegando, ele me via cansado e chorava, mas eu sempre fazia alguma piadinha que o fazia rir de leve logo em seguida. Nesse ultimo ano, foi muito difícil não ouvir sua voz, eu sofri muito até que o médico me disse que ele tinha forças para falar, apenas não tinha mais vontade. E nesse momento eu senti todo o amor que um pai tem pelo seu filho e por minutos eu sonhei ser um pai exatamente assim, com esse amor pelos meus futuros filhos. Fechei os olhos evitando as lágrimas que vieram ao lembrar que eu nunca havia ouvido um "eu te amo" do meu pai.
Duda: Tudo vai ficar bem não vai  ?
Ricardo: meu bem... eu... estou tão cansado
Duda: mas você é meu herói ! Você ainda precisa conhecer seus netinhos
  Ele olhou para mim com o olhar risonho. E em seguida para a Duda.
Ricardo: tomara que se pareça com a mãe !
 Eu soltei uma leve risada. E a Duda me olhou sorrindo.
Ricardo: escute, eu não tenho mais tanto tempo, ja vieram me buscar, eu só estava esperando por você. Eu quero o seu perdão.
Duda: ooh pai, do que ?
Ricardo: Eu nunca fui o melhor pai do mundo meu amor, e só nesses últimos 3 anos eu me dei conta disso, você é o maior presente que Deus me deu, e quando você era apenas um bebê, quando a dor que a saudade da sua mãe me trazia, eu olhava para esses olhos, são exatamente iguais aos dela, eles me traziam um conforto incomum. Mas ainda sim, muitas vezes a dor em mim falou mais alto e eu tive a imprudência de fazer você senti-la. Minha missão esta cumprida, você encontrou um homem maravilhoso que agora será a sua família, eu tenho certeza que ele te ama e vocês serão felizes como um dia eu fui com a Fernanda.
  Ele falava aos poucos, porém legível. Parava entre as frases para pegar fôlego, mas muito paciente nós escutávamos.
Duda: é claro que eu te perdoo papai, eu te amo muito. Mas eu preciso que fique ! Era isso que a mamãe iria querer.
  Ele negou com a cabeça.
Ricardo: Ela veio me buscar, finalmente eu vou conseguir passar a eternidade ao lado da única mulher que eu amei verdadeiramente na vida. É com ela que eu vou ficar, e por isso vou estar bem, em paz. Eu te prometo. 
Duda: Obrigada por tudo, obrigada por cada dia da minha vida. 
Ricardo: Justin..
  Eu me levantei imediatamente e fui até eles. Com a outra mão ele segurou a minha.
Ricardo: cuida da nossa princesa. E obrigado por todos os dias me fazendo sorrir em meio tanto sofrimento.
    Ele levou a mão da Duda até a minha e segurou nossas mãos.
Ricardo: de continuidade ao amor de seus pais. - Ele disse olhando para a Duda
  Eu e Eduarda nos olhamos, e sorrimos um para o outro. Olhamos de volta e ele já havia fechados os olhos.
Ricardo: Eu amo vocês.
   Esse fora as últimas palavras de um homem admirável. Logo após ele soltou nossas mãos aos poucos e o barulho agonizante da máquina de batimentos cardíacos veio á tona. O Bip, parecia sem fim assim como a memória e um amor ainda maior que ele plantou em nossos corações e naquele momento eu tive a certeza que ele estaria melhor junto com seu amor. Olhei preocupado para o rosto da Duda, e ela distribuiu beijos em volta do rosto quase gélido do seu pai. Dessa vez eram lágrimas pacíficas, não de dor. Mas lágrimas de alguém que deixou ir quem ama sabendo que ele ficaria bem.
Eduarda: Descanse em paz, meu herói.


CONTINUAAAAA
 POIS É, EU ESTAVA EM CRISE EMOCIONAL ! MINHA VIDA NÃO É PERFEITA, INFELIZMENTE. EU TAMBÉM TENHO DORES, EU TAMBÉM TENHO LAMENTAÇÕES E ISSO ME ATRAPALHA PARA ESCREVER, ESSA HISTÓRIA PARA MIM É MUITO MAIS DO QUE UM SIMPLES IMAGINE. AQUI EU DESENVOLVO E EXPRESSO SENTIMENTOS MUITO VERDADEIROS DENTRO DE MIM, NA MAIORIA DOS CAPÍTULOS EU CHORO AO ESCREVER. SINTO MUITO PELA DEMORA. AGRADEÇO ÀQUELES QUE COMPREENDEM E AQUELES QUE SUGEREM SOLUÇÕES PARA A MINHA FALTA DE TEMPO UM RECADO: QUEM VIVE A MINHA VIDA, AINDA SOU EU ;) BEIJINHOS, POSTO ASSIM QUE EU PUDER E FIQUEM COM O PAPAI DO CÉU. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, COMENTEM !  - ANA CAROLINA