123° Capítulo

  Entrei, coloquei minha mochila em cima da poltrona, fui até a cozinha e acendi a luz.

  Peguei uma lata de energético na geladeira e sentei na bancada, lembrando dela... Peguei a aliança em meu pescoço e observei intensamente as letras gravadas, assim como eu fazia quase todas as noites. Pensei auto: "Além da vida"- eu disse para mim mesmo, me lembrando das cenas do julgamento e desejando cada segundo á mais que ela estivesse aqui, que me perdoasse, que dissesse que tudo ficaria bem e principalmente que provasse que seu amor ainda era "Além da vida".

~PLIM PLOM~

  Campainha, quem será ? Ué eu não pedi nada ! De qualquer forma...

  Abri a porta e o carinha me olhou estranho. Ele empurrou um carrinho até a cozinha. Eu o dei $10 de gorjeta  e ele foi embora.

  Parei com uma mão na cintura e a outra cocei a nuca, eu não estava entendendo absolutamente NADA.

  Ouvi um barulho vindo do quarto e levei um susto então resolvi ir até lá.

~Pensamentos da Duda On~

 Terminei meu banho, passei meus cremes, penteei meu cabelo, vesti uma calcinha e sai sem toalha.

  Ouvia a campainha, nossa já ?! Deixei que esperasse até que eu me vestisse. Desliguei a luz do banheiro e tudo ficou absolutamente escuro, e fui procurando o interruptor.

~Pensamentos do Justin On~

  Tudo estava escuro e os passos estavam cada vez mais próximos...

~Narrador~

  Eu podia sentir todo o amor preso no ar, podia ouvir dois corações batendo no mesmo ritmo e no mesmo desejo. A respiração ofegada de quem tem medo de algo, ou de alguém. Estaria você aí do outro lado da tela contando os segundos para os olhos se encontrarem e o amor falar mais auto, mas na vida real nem tão simples assim, além de dois coração pulsando um pelo outro temos, uma coração triste e um coração magoado, culpa novamente do destino, aquele que faz tudo certo, mas do modo tão errado. Aquele que ser humano nenhum compreende, aquele mesmo destino que fará Justin e Eduarda nunca conseguir se distanciar por tanto tempo, a quantidade desse tempo ? Só o destino sabe, os humanos apenas se confortam com a ideia que não pode viver isso e se esquece de lutar. Eduarda se esqueceu de lutar, ela foi embora quando ele pediu e não deveria. Ela deveria é ter lutado. Lutado por algo que realmente valha a pena, algo que possa fazê-la feliz para o resto da vida. Lutar pela única coisa que é boa o suficiente, nobre o suficiente, poderosa o suficiente para valer a pena arriscar tudo, até os sonhos. O amor

~ Pensamentos da Duda On~

Jb: Tem alguém aí ?

  G-E-L-E-I, aquela voz rouca, inconfundível. Acendia a luz de frente para parede, tampei meus seios com os braços, desejando ser só mais uma imaginação e me virei, levando um susto.

Jb: Duda?

Duda: Justin ?

  Dissemos juntos, meu coração provavelmente não se encontrava mais no peito, enquanto eu lutava para ainda ficar de pé, enquanto minha pernas bambeavam.

   Um barulho muito forte aconteceu lá fora, foram segundos para reconhecer a chuva, olhei através da janela e a ideia de que o mundo estava acabando se encaixava perfeitamente com a velocidade dos riscos d'água.  Voltei rapidamente o meu olhar para um cara parado na minha frente olhando diretamente para meu corpo semi-nu. Minhas bochechas coraram na mesma velocidade que meu coração acelerou quando me deparei com aqueles desiguais olhos cor-de-mel.

Jb&Duda: O que esta fazendo aqui ?

  Tentei ignorar todos os sentimentos que ardiam em meu peito, tentativa fracassada no instante que a voz dele se juntou a minha na mesma frase, e por uma leve fração de segundo desejei que nossos corpos estivesse, também juntos.

Jb: Eu é que pergunto !

Duda: enlouqueceu ? Eu cheguei aqui primeiro !

Jb: oh' não

Duda: o que foi ?

Jb: isso já aconteceu antes ! Vai me dizer que esqueceu ?

Duda: Ta-talvez, mas agora vai ser diferente. Saia, que eu vou me vestir e iremos resolver isso- Eu disse calando tudo o que meu coração gritava enquanto eu usava o plural relacionado á ele.

~Pensamentos do Justin On~

  A luz acendeu e eu aclarecidamente reconheci aquele corpo, aquelas curvas, aqueles cabelos, aquele tom perfeito de pele, e então ela se virou e eu tive a certeza de que era, nada menos que... ELA.

   Ela pediu que eu saísse e eu percebi em seus olhos que ela ainda estava magoada, me fazendo lembrar que para ela eu não á amo amais e é assim que deve continuar sendo.

   Fui até a sala tentando controlar todos os sentimentos que vinham á tona a cada segundo.

  Não muito tempo depois, ela voltou, sem troca de olhares nem palavras. Tensão no corredor. Tensão no elevador.  Finalmente ! Recepção !

  Depois de ter ficado meia hora assistindo a discussão da Duda com a pobre mulher que não tinha mais quartos disponíveis, fui até la e a puxei pelo braço, a arrastando até um lugar mais privado.

Jb: Vamos subir, dormiremos la mesmo.

Duda: Nem pensar ! Não fico de baixo do mesmo teto que você nem mais um minuto. Me solta !

Jb: A marrentinha vai para onde ? Eu posso saber ?

Duda: Não ! não pode ! Estamos em Las Vegas, tem um monte de hotel por aí !

Jb: Esta chovendo !

Duda: eu uso guarda-chuva !

Jb: Vai andar no mínimo 1 km até achar o hotel mais próximo !

Duda: idaí ? Eu vou andando, nem deve ser tão longe assim !

  Ela estava andando com passos fundos, visivelmente irritada, e eu segurei o sorriso, ela ficava linda irritada.

  Ela abriu o guarda chuva e começou a andar pela rua. Eu fui atrás dela, sentindo a chuva gelada por todo o meu corpo.

Jb: Eduarda, volta aqui !

Duda: me deixe em paz !

Jb: Não! Eu não ou deixar você na chuva, ás onze horas da noite, sem lugar para dormir !

  Um vento muito forte soprou e o guarda chuva dela, voou.

Duda: aaaah !

Jb: esta vendo ? vai se dar mal !

Duda: Eu já disse para você me deixar em paz !

  Ela andou mais um pouco e *Puff, o salto dela quebrou.

Duda: porra !

  Exitei em me aproximar, quando ela dizia palavrão, era por que a coisa estava feia ! 

Duda: Da para piorar ?- Ela gritou olhando para cima.

   De repente passou um carro em cima da poça que estava próxima á ela e *Splash, respingou tudo nela. Eu a observava um pouco de longe. Ela pôs as mãos no rosto e começou a chorar. Cheguei perto e tentei um abraço, mas ela começou a me dar socos em meus braços e ombros. Falando, chorando, surtando.

Duda: culpa sua ! Tudo culpa sua ! Eu estava muito bem sem você, aí você apareceu na minha vida, me fez acreditar em felizes para sempre, me fez acreditar que eu poderia um dia ser feliz, e que tudo iria ficar bem se você estivesse ao meu lado, então você foi embora e nada, nunca mais ficou bem de novo ! Eu chorei noites e quase morri, aí quando finalmente estou conseguindo te esquecer você aparece e finge se importar, por que se você se importasse de verdade não teria me deixado á 2 anos, sem notícias, sem ligações. Eu te odeio ! odeio ! com todas as minhas forças e...

  Segurei seus braços á fazendo parar com os movimentos loucos. a segurei com força e a calei com um beijo. Ela foi parando aos poucos de se esquivar, perdendo as forças, esquecendo o ódio e dando espaço para o amor. E ali, no momento que só havia roupas molhadas e grudadas separando dois corações, nossos corpos estavam tão junto que nem mesmo a chuva forte atravessava. Naquele momento, beijando aqueles lábios macios, molhados e gelados. Sentindo sua língua quente invadindo minha boca, que eu tive a certeza, mais que tudo nesse mundo, que ela ainda me amava além da vida, assim como eu faria ser agora e para sempre, tudo assim, incompreendível, inevitável, quase que.... BASEADO EM UM SONHO.

CONTINUAAAAAA, FICOU UMA BOSTA, EU SEI !!! :C MAS EU TENTEI ! ESPERO QUE PELO MENOS GOSTEM UM POUQUINHO. E COMENTEM !!!! POR FAVOR, COMENTEM !!!! TA ? BEZÃO - ANA CAROLINA